Uma das minhas maiores vontades era conhecer a tão famosa Reatech. O que tinha de informação a respeito da mesma era que tinha o lançamento de artigos tecnológicos referentes aos diversos tipos de deficiência. Ao chegar no evento, vi que este era muito mais que isso.
Nunca vi tanto aleijadinho junto num só lugar. Fiquei impressionadíssima com tantos gatos por ali... ai ai ai É claro que aproveitei para olhar, contemplar, ... chega por aí. Fui observada, paquerada, o que eleva ao ápice o ego. Como é bom passar em algum lugar e perceber que não estão olhando a sua cadeira motorizada fashion, mas a gostosa em cima dela (ao menos amor próprio é importante) ;)
As Descobertas...
Uma coisa impressionante que pude ver foi sapatos para pés inchados! Resumindo, sapatos para aliejados. Quando um aleijadinho teria a felicidade de calçar sapatos, sandálias, tênis, etc. do tamanho do seu pé? É um suplício chegar numa loja de sapatos, ter a consciência que seu pé é do número 33, 34 (pé de Cinderela viu) e ter de comprar 35, 36, em alguns casos 37, por causa da bendita forma do negócio.
Mas quase chorei de emoção ao descobrir que agora tenho a chance de conhecer alguém preocupado com nosso bem-estar e criou produtos personalizados. E lhe digo uma coisa: o preço não vai além dos sapatos normais, ainda que sejam enviados à sua casa por meio de SEDEX. Eu não sou muito de fazer merchan, mas esse pessoal merece, por compreender o sofrimento dos pobres cadeirantes... me emocionei.
Ah, eles fazem roupas também. Calças, camisas, tudo com ziper. Gostei hein. A Carol me atendeu super bem e ela também é deficiente.
http://www.demaiseficiente.com.br/ Entrem e deem uma olhada.
Os cães-guia me deixaram boquiaberta. A inteligência desses animais tão fofos e a confiança que os cegos lhes depositaram é tanta, que me emocionei. É, cada um com o seu pobrema... O mais fantástico é a forma como eles conduzem os cegos. No estande da prefeitura pude conhecer como os cães se comportam e vou tentar resumir:
Eles usam uma espécie de colete com identificação de cão-guia, mais dois meios de segurar o cachoro: uma espécie de alça rígida (no formato retangular), que proporciona ao cego maior sensibilidade geográfica (poderia chamar assim) e uma outra corda. Enquanto usa este colete, o cão tem o senso da responsabilidade a ele confiada: o de olhos. Portanto, depois que ele sobe ou desce um degrau, ele espera até o cego subí-lo e descê-lo também. Caso ele se depare com uma fresta, por onde ele sabe que só ele pode passar, ele para, bloqueia a passagem do conduzido e muda a direção, procurando um outro caminho mais seguro. Pessoas, paredes, obstáculos, tudo o que pode ser perigoso ao cego, provoca no cão a ação de se colocar na frente do cego, impedindo que ele continue e se esborrache em algo. Olha, muito bom o trabalho de adrestramento dos cães.
A tecnologia não deixou de dar as caras.
- é banco do carro que vira cadeira de rodas
- é cadeira pra tetra controlada por assopro (foi o que vi),
- é casa da CDHU toda planejada para o aleijado. Pia, tanque, tomadas, vaso, banco fixo pra banho, etc.
Artesanatos, clínicas de tratamentos, instituições de vários lugares, lojas de cadeiras de rodas, empresas cadastrando aleijados para futuras contratações... Instituições exibindo seus jogadores de basquete, futsal e outros jogos, além de outras coisas que nem me lembro.
A companhia...
Algo não tanto comum ocorreu. Eu queria um encontro de amigos e a Cássia, minha bamiga (babá+amiga)iria, mais o Wi, meu ex. A Cassia não quis ir na hora. Imagine a cena: dois meses e meio que não estão mais namorando, o clima meio que ainda desconfortável, mas eu estava decidida a prosseguir no passeio, quisesse ele vir comigo ou não.
Creio que mil e uma coisas passaram em sua mente, coisas do tipo: por que ela me chamou pra ir junto? (isso ele chegou a perguntar). Mas meu objetivo não tinha segundas ou terceiras intensões, embora a tentação bateu à porta muitas vezes.
Nunca vi tanto aleijadinho junto num só lugar. Fiquei impressionadíssima com tantos gatos por ali... ai ai ai É claro que aproveitei para olhar, contemplar, ... chega por aí. Fui observada, paquerada, o que eleva ao ápice o ego. Como é bom passar em algum lugar e perceber que não estão olhando a sua cadeira motorizada fashion, mas a gostosa em cima dela (ao menos amor próprio é importante) ;)
As Descobertas...
Uma coisa impressionante que pude ver foi sapatos para pés inchados! Resumindo, sapatos para aliejados. Quando um aleijadinho teria a felicidade de calçar sapatos, sandálias, tênis, etc. do tamanho do seu pé? É um suplício chegar numa loja de sapatos, ter a consciência que seu pé é do número 33, 34 (pé de Cinderela viu) e ter de comprar 35, 36, em alguns casos 37, por causa da bendita forma do negócio.
Mas quase chorei de emoção ao descobrir que agora tenho a chance de conhecer alguém preocupado com nosso bem-estar e criou produtos personalizados. E lhe digo uma coisa: o preço não vai além dos sapatos normais, ainda que sejam enviados à sua casa por meio de SEDEX. Eu não sou muito de fazer merchan, mas esse pessoal merece, por compreender o sofrimento dos pobres cadeirantes... me emocionei.
Ah, eles fazem roupas também. Calças, camisas, tudo com ziper. Gostei hein. A Carol me atendeu super bem e ela também é deficiente.
http://www.demaiseficiente.com.br/ Entrem e deem uma olhada.
Os cães-guia me deixaram boquiaberta. A inteligência desses animais tão fofos e a confiança que os cegos lhes depositaram é tanta, que me emocionei. É, cada um com o seu pobrema... O mais fantástico é a forma como eles conduzem os cegos. No estande da prefeitura pude conhecer como os cães se comportam e vou tentar resumir:
Eles usam uma espécie de colete com identificação de cão-guia, mais dois meios de segurar o cachoro: uma espécie de alça rígida (no formato retangular), que proporciona ao cego maior sensibilidade geográfica (poderia chamar assim) e uma outra corda. Enquanto usa este colete, o cão tem o senso da responsabilidade a ele confiada: o de olhos. Portanto, depois que ele sobe ou desce um degrau, ele espera até o cego subí-lo e descê-lo também. Caso ele se depare com uma fresta, por onde ele sabe que só ele pode passar, ele para, bloqueia a passagem do conduzido e muda a direção, procurando um outro caminho mais seguro. Pessoas, paredes, obstáculos, tudo o que pode ser perigoso ao cego, provoca no cão a ação de se colocar na frente do cego, impedindo que ele continue e se esborrache em algo. Olha, muito bom o trabalho de adrestramento dos cães.
A tecnologia não deixou de dar as caras.
- é banco do carro que vira cadeira de rodas
- é cadeira pra tetra controlada por assopro (foi o que vi),
- é casa da CDHU toda planejada para o aleijado. Pia, tanque, tomadas, vaso, banco fixo pra banho, etc.
Artesanatos, clínicas de tratamentos, instituições de vários lugares, lojas de cadeiras de rodas, empresas cadastrando aleijados para futuras contratações... Instituições exibindo seus jogadores de basquete, futsal e outros jogos, além de outras coisas que nem me lembro.
A companhia...
Algo não tanto comum ocorreu. Eu queria um encontro de amigos e a Cássia, minha bamiga (babá+amiga)iria, mais o Wi, meu ex. A Cassia não quis ir na hora. Imagine a cena: dois meses e meio que não estão mais namorando, o clima meio que ainda desconfortável, mas eu estava decidida a prosseguir no passeio, quisesse ele vir comigo ou não.
Creio que mil e uma coisas passaram em sua mente, coisas do tipo: por que ela me chamou pra ir junto? (isso ele chegou a perguntar). Mas meu objetivo não tinha segundas ou terceiras intensões, embora a tentação bateu à porta muitas vezes.
Na feira ele pode ver centenas de casais, onde "normais" estavam com cadeirantes, surdos, cegos, e estes eram carinhosos uns para com os outros, circulando pela feira de mãos dadas. Cenas lindíssimas. E os solteiros não perderam tempo nem oportunidade para contemplar as belezas ali exibidas (me incluo nessa de observar... e ser observada rss) e acredito que muitos fizeram mais do que isso.
Os riscos de sair com o ex
Embora eu ache que judiei um bocado do Wi, ele pareceu gostar do evento, mesmo não gostando de muita gente só num local. Como a Cássia e eu fomos embora de taxi no sábado, com o dilúvio caindo no domingo, não tive escolha de ir novamente.
Por causa de um problema de comunicação, acabamos não pegando o taxi no próprio evento, mas fomos para o Terminal Jabaquara. Ali, liguei para o taxi acessível e fomos para o ponto aguardá-lo.
Prim-prim
Agora aleijadinho também tem taxi excrusivo na cidade de Sampa. Seus pobremas se terminaram-se!
TAXI ACESSÍVEL
http://www.taxiacessivel.com.br/ ou pelo telefone: (11) 3229-7688 O pessoal é uma graça e foram treinados para cuidar bem da gente.
Estava chuviscandinho; aí você junta a noite, a chuva, o clima fresco, os olhares trocados... imagine no que resultou. Bem, só não viaja na maionese, viu...rs
Oi Milene !! Gostei muito do seu blog !!
ResponderExcluirGostaria muito de bater um papo com vc !!
Eu faço faculdade de moda e estou com um projeto para o meu tcc, para abrir uma marca especializada em roupas para cadeirantes.
Se vc puder me ajudar, eu agradeço.
paulinharq@hotmail.com
Oi,sou estudante de moda e amei o seu blog e o jeito divertido que você escreve.Estou com um trabalho da faculdade da cadeirade ergonomia.Tenho que montar um projeto de roupas para cadeirantes.e gostaria muito que tirasse minhas duvidas,sobre conforto e tendencia.Tipo botões,bolsos,zíper,tamanhos e claro modelos antenados neh!Se é facil para você encontrar roupas bonitas, antenadas e confortaveis e o que lhe da conforto em uma roupa
ResponderExcluirFico grata pela atenção e pelo retorno.
isabeleg.carvalho@hotmail.com