Cada cadeirante tem quedas que ficam pra história. Coleciono em meu rol memorístico 8 fraturas, fora os dentes.
Setembro de 2002.
Antes de entrar na faculdade, me inscrevi para um projeto chamado "Sonhando Alto". É um projeto da Igreja Adventista para auxiliar jovens a realizarem o sonho de fazer uma faculdade. Neste projeto, trabalhamos com livros de saúde, onde vendemos de casa em casa, em comércio, órgãos públicos, empresas, igrejas, etc.
No terceiro dia de trabalho, fui fazer uma visita, a pedido de uma senhora que encontrei no supermercado, para que conversasse com sua filha, que estava com depressão profunda, basicamente dopada por remédios faixa preta. Ao chegar lá, era um prédio de 3 andares, sem elevador, é claro. De tanto a criatura insitir, minha companheira pegou atrás e a senhora na frente rumo ao primeiro lance de escadas acima. Primeiro, segundo, terce.... nem vi. Senti um peso em cima de mim, ao colocar minha mão na cabeça, estava sangrando. Lembra da filha da senhora, de quem falei acima não é. Bem, a senhora foi chamá-la para que me levasse ao Hospital de Base. A criatura, dopada, dirigindo e eu ali com ela... seria aquele momento o adeus ao mundo cruel???
Graças a Deus, não. Chegamos ao hospital, foram acionando os enfermeiros, que me puseram na maca, colocaram o colar cervical, o qual me machucava muito muito. Depois de uma meia hora aguardando ser atendida, eu chamei um residente (nunca façam isso) e lhe pedi para tirar aquele colar, pois estava pegando no corte e machucando muito. Ele, todo paciente, me disse o seguinte: "Minha senhora (senhora era a mãe dele), eu não posso tirar o colar, porque a senhora caiu da escada e, caso haja alguma coisa grave, pode ser que a senhora fique sem poder andar". "Mas eu não ando, doutor!!!" falei em alto e bom som. Sem ele entender, eu expliquei que sofria de uma doença degenerativa e estava há alguns anos na cadeira. Mas por medo, ele não tirou o dito, me fazendo esperar quase uma hora com aquele negócio me machucando. Só depois, que consegui que tirassem o colar, mas tiraram também uns 4cm² de cabelo para poderem suturar. Fui pra casa da campanha (do projeto) e dois dias depois voltei a visitar as casas para vender os livros.
Mas este período prometia...
Um mês depois, estava eu, linda e loira, voltando de um passeio na casa da minha tia. Estava sozinha e peguei o bus que já conhecia pelo linha e pelo motora e o cobrador. Só que ao entrar no bus, vi que o cobrador era outro, mas tudo bem. Ao chegar no terminal às 14h, o cobrador acionou o elevador e quando este estava pronto, comecei a posicionar a cadeira. O bus era dos antigos e tente imaginar a velocidade com que o elevador descia; bem, aquilo despencava.
Voltando a mim, pois é, estava eu me posicionando no elevador e a "inteligência" do cobrador acionou o botão pra descer e aquilo desceu uns 30cm, o suficiente para me lançar de testa no chão. Na minha discreção, eu gritava mais que mulher dando a luz... eu sou muito escandalosa ao cair, como podem observar.
Não aconteceu nada grave, apenas um corte na testa e meus óculos amassados. O mais engraçado é que, enquanto eu estou em uma situação de tensão causada por uma queda, eu começo a falar besteiras e as pessoas ao meu redor riem... isso me acalma. Pela primeira vez, utilizei o Resgate e não pude deixar de tirar uma com o bombeiro, quando eu, de alguma forma, comemorava minha estréia numa ambulância do Restate. Ele balançava a cabeça, rindo, sem acreditar no que ouvia...rs
Esta queda resultou no convite do diretor regional do projeto para que eu voltasse pra casa e esperasse o dia do vestibular quietinha na minha casa. Segundo ele, a próxima queda poderia dar-lhe prejuízo...rss
PRÓXIMA POSTAGEM: Ano de 2003. Não perca!!!
Setembro de 2002.
Antes de entrar na faculdade, me inscrevi para um projeto chamado "Sonhando Alto". É um projeto da Igreja Adventista para auxiliar jovens a realizarem o sonho de fazer uma faculdade. Neste projeto, trabalhamos com livros de saúde, onde vendemos de casa em casa, em comércio, órgãos públicos, empresas, igrejas, etc.
No terceiro dia de trabalho, fui fazer uma visita, a pedido de uma senhora que encontrei no supermercado, para que conversasse com sua filha, que estava com depressão profunda, basicamente dopada por remédios faixa preta. Ao chegar lá, era um prédio de 3 andares, sem elevador, é claro. De tanto a criatura insitir, minha companheira pegou atrás e a senhora na frente rumo ao primeiro lance de escadas acima. Primeiro, segundo, terce.... nem vi. Senti um peso em cima de mim, ao colocar minha mão na cabeça, estava sangrando. Lembra da filha da senhora, de quem falei acima não é. Bem, a senhora foi chamá-la para que me levasse ao Hospital de Base. A criatura, dopada, dirigindo e eu ali com ela... seria aquele momento o adeus ao mundo cruel???
Graças a Deus, não. Chegamos ao hospital, foram acionando os enfermeiros, que me puseram na maca, colocaram o colar cervical, o qual me machucava muito muito. Depois de uma meia hora aguardando ser atendida, eu chamei um residente (nunca façam isso) e lhe pedi para tirar aquele colar, pois estava pegando no corte e machucando muito. Ele, todo paciente, me disse o seguinte: "Minha senhora (senhora era a mãe dele), eu não posso tirar o colar, porque a senhora caiu da escada e, caso haja alguma coisa grave, pode ser que a senhora fique sem poder andar". "Mas eu não ando, doutor!!!" falei em alto e bom som. Sem ele entender, eu expliquei que sofria de uma doença degenerativa e estava há alguns anos na cadeira. Mas por medo, ele não tirou o dito, me fazendo esperar quase uma hora com aquele negócio me machucando. Só depois, que consegui que tirassem o colar, mas tiraram também uns 4cm² de cabelo para poderem suturar. Fui pra casa da campanha (do projeto) e dois dias depois voltei a visitar as casas para vender os livros.
Mas este período prometia...
Um mês depois, estava eu, linda e loira, voltando de um passeio na casa da minha tia. Estava sozinha e peguei o bus que já conhecia pelo linha e pelo motora e o cobrador. Só que ao entrar no bus, vi que o cobrador era outro, mas tudo bem. Ao chegar no terminal às 14h, o cobrador acionou o elevador e quando este estava pronto, comecei a posicionar a cadeira. O bus era dos antigos e tente imaginar a velocidade com que o elevador descia; bem, aquilo despencava.
Voltando a mim, pois é, estava eu me posicionando no elevador e a "inteligência" do cobrador acionou o botão pra descer e aquilo desceu uns 30cm, o suficiente para me lançar de testa no chão. Na minha discreção, eu gritava mais que mulher dando a luz... eu sou muito escandalosa ao cair, como podem observar.
Não aconteceu nada grave, apenas um corte na testa e meus óculos amassados. O mais engraçado é que, enquanto eu estou em uma situação de tensão causada por uma queda, eu começo a falar besteiras e as pessoas ao meu redor riem... isso me acalma. Pela primeira vez, utilizei o Resgate e não pude deixar de tirar uma com o bombeiro, quando eu, de alguma forma, comemorava minha estréia numa ambulância do Restate. Ele balançava a cabeça, rindo, sem acreditar no que ouvia...rs
Esta queda resultou no convite do diretor regional do projeto para que eu voltasse pra casa e esperasse o dia do vestibular quietinha na minha casa. Segundo ele, a próxima queda poderia dar-lhe prejuízo...rss
PRÓXIMA POSTAGEM: Ano de 2003. Não perca!!!