quinta-feira, 1 de agosto de 2019

EXPECTATIVA X REALIDADE – Uma história com pelo menos um final feliz (ou começo)


Uma das coisas que mais me deixam perplexa é a psicologia usada nas entrevistas de emprego. Não só os psicólogos, mas até gestores tratam o candidato como se seriam contratados no término da entrevista. Mas no fim desta dizem que darão o retorno até o fim daquela semana e você espera, passam os dias e não dão retorno. Passam mais dias e você decide cobrar uma posição, morrendo de medo de ser rejeitado(a); mas decidem ter dar o feedback da entrevista e nem pelo nome te chamam, mas por “Prezado(a) Candidato(a)”. Por aí já vem o estranhamento e no corpo do e-mail é dada a temível notícia de que, embora muito bem avaliado, outra pessoa foi selecionada para a vaga concorrida.
Claro, alguém tem de ocupar a vaga e se outra pessoa, e não você, a ocupou, é porque ela apresentou algo que para aquele momento seria mais interessante para as funções da vaga em questão.
Eu, particularmente, atualmente como funcionária pública, estou profissionalmente estável e, fazendo a minha parte como servidora, até me aposentar estou segura de que não perderei meu emprego. Entretanto, há perigo em tal estabilidade, uma vez que, se você ocupa um cargo generalizado e sem uso da profissão em que você se especializou, há o risco de perder tudo o que fez. E isso começou a me incomodar. Não exerço NADA daquilo que estudei e gostaria muito de poder atuar em um dos leques da minha formação, Tradutor e Intérprete.
Falando desses leques, bem, na faculdade, aprendo mais profundamente sobre a Língua Portuguesa, Inglesa, Literaturas Portuguesa e Inglesa, e muitos outros tópicos. É claro que eu não tive formação em Secretariado, mas o fato de ter experiência com função administrativa, domínio do português e, se necessário, do inglês.
Estou tentando algo no setor privado, uma vez que o Estatuto do Servidor Municipal me garante o afastamento do cargo por dois anos sem remuneração e, caso antes do término do período eu decida voltar, solicitando o retorno, em 30 estou trabalhando novamente na Prefeitura. Maluquice? Talvez. Mas acredito que quem considera maluquice seja quem tem medo de se arriscar. O funcionalismo público promove a estabilidade e assim a pessoa fica um tanto estacionada, sem se preocupar se no dia de amanhã estará desempregado. Contudo, não sente o desejo de crescer, se especializar e o que ganha está “bom”; entre aspas porque poderia melhorar, mas já que estou sem vontade fazer um curso ou tentar uma posição de chefia, tá bom assim mesmo.
Eu não queria assim. Quis mostrar minhas habilidades em meu local de trabalho atual, mas por algum motivo, não valeram muito. Não entendo como funciona a mente das pessoas e o que é levado em conta. Confesso que me chateei com uma chefe que tive em outro setor, a qual chegou a me dizer que estavam esperando para me transferirem de setor (eu não pedi tal transferência), porque aguardavam uma posição de atendente, pois se adequaria melhor à minha condição. Até onde eu sei, as funções atribuídas ao meu cargo não são impossíveis de serem feitas, uma vez que é setor administrativo.
Voltando a falar daquela entrevista que me disseram NÃO, bem, chorei um pouco, mas agradeci a Deus a oportunidade, pois não tinha sido eu a buscar a empresa e me candidatar à vaga oferecida, mas eles me encontraram e procuraram entrar em contato. Me senti lisonjeada com o fato de não verem a limitação física, mas o que eu poderia oferecer como profissional. Entretanto, mesmo optando por outra candidata, eu estava feliz porque seria só uma questão de tempo pra que outra empresa visse meu currículo.
Minhas férias terminaram e voltei à minha rotina. Não estava triste, como já comentei. Trabalhei segunda, terça… quando foi à tarde, especificamente 16h, me ligaram; era a empresa. Disseram que houve uma mudança e decidiram por me escolher para a vaga e perguntaram se eu ainda me interessava em trabalhar com eles. Falaram da remuneração e benefícios, bem como da ciência dos 30 dias de que preciso para solicitar o afastamento do atual emprego.
Falei com meu amor, que me acalmou dizendo que me apoiaria no que eu decidisse. E assim aceitei ocupar a vaga. Preenchi todos os itens solicitados, pedi o afastamento de dois anos e agora aguardo a concretização da contratação.
Medo? Ansiedade? Tristeza? Alegria? Euforia? Calma? Tudo isso permeia meu coração e espero poder compartilhar as cenas dos próximos capítulos.
De uma coisa eu tenho certeza: Deus está comigo!

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